segunda-feira, 18 de junho de 2007

Quando termina...


Estava eu ontem muito bem a assistir a programas (vários ao mesmo tempo diga-se) sobre a segunda volta das eleições legislativas em França e a rir-me da cara do pessoal do partido do Sarkozy. Sim, porque apesar de terem ganho, tinham cá umas caras de totos derrotados, hilariante! Isto porque a "vaga azul" anunciada para estas eleições não aconteceu. O partido dele ganhou mas não com esse MARGEM bruta que se diziam (quando cheguei a ver (80% para eles até me deram soluços). Mas a muito custo, o PS lá conseguiu recuperar um bocado e evitar uma catastrofe (talvez só inferior à do prestige). Bem, mas o objectivo disto tudo, é que estava eu muito bem e tal, e depois fui à cozinha (buscar comida lol) e quando voltei e olhei para o computador e para a TV fiquei com uma cara qualquer parecida quiça com esta.....>
Aparentemente a Ségolène tinha acabado de anunciar que se separava do François Hollande e que era candidata à liderança do PS.

O meu primeiro pesamento foi: será que hoje é das mentiras? em portugal sabia que não, mas como os franceses têm a mania de serem diferentes em tudo... (logo me apercebi que não era). E depois dei por mim a pensar: Mas que raio...lá isto é altura de anunciar uma coisa destas. Hoje, noite de eleições, em que nem perderam tanto como se esperava...Oh tia Sego! E na sequência disto fui parar a: ela não ia fazer isto assim desta maneira. Não ela que sempre defendeu que a sua vida privada só lhe dizia respeito a ela...

É, criou-se aqui uma confusão na minha cabeçita já muito confusa por natureza, que até me esqueci das eleições ( e não fui a única, porque na TV também não se cansavam de falar nisso...).

É que de facto não percebia...diziam que ela anunciava a separação num livro que ia sair na próxima quarta feira ("Bastidores de uma Derrota")... mas sempre a dizerem que ela tinha anunciado ontem à noite. *rolar os olhos*. Mas que raio, eu vi as declarações da mulher ontem à noite e ela não falou nada sobre isso. E mais uma vez destaco que isso não faz o género dela.

Até que finalmente saiu assim uma especie de comunicado no site dela... ( http://www.desirsdavenir.org/index.php?c=sinformer_actualites&actu=1841)



Pronto, estava tudo explicado. Vai-se lá saber porque e como, algum engraçadinho achou que era interessante ir contra as ordens dela e anunciar a noticia antes dela e do Hollande fazerem o comunidado oficial, antes de sair o livro, e antes de... olha, antes de tudo. Não sei quem foi o parvalhão ou a parvalhona, mas merece uma valente marretada naquela fuça.

Mais uma vez lá temos a Ségoléne como a má da fita e o Hollandito coitadito, o pobrezito que foi humilhado em público. Qual humilhado qual carapuça. Vão-me agora tentar convencer que ele não sabia de nada sobre o livro, sobre a entrevista, sobre o comunicado conjunto... Se há alguém humilhado nesta história é a Ségolène, que mais uma vez vê o nome dela manchado em público sem sequer ter feito nada para isso.

E depois há uma coisa que me deixa intrigada... que é isto... "Pedi a François Hollande que deixasse a nossa casa, que vivesse a sua própria história sentimental, agora mergulhada entre os livros e os jornais, e desejei-lhe que fosse feliz" ...

Humm, o que quis ela dizer com a frase que está a negrito? Para mim só tem um sentido...não sei se foi o sentido que ela lhe quis dar, mas que ele está lá, lá isso está. E vai de encontro ao que se dizia no outro livro "La femme fatale" que também já foi comentado aqui. Não sei o que se passou mas... encolhidito, és um parvo.


Aqui a entrevista que saiu hoje de manha...




Digam lá o que disserem, é triste. E as palavras iniciais dela nessa entrevista...a maneira como fala... Vou fazer uso de um cometário num blog...



""J'écoutais ce matin l'entretien de SR sur Inter, et j'ai trouvé les premières secondes bouleversantes. Sa difficulté a trouvé son angle d'ouverture, ses hésitations pour trouver les mots. Pendant ces premières secondes, j'ai entendu une femme qui nous parle de sa séparation avec un homme qu'elle a aimé. Pendant longtemps. Et, dont on ne peut ni nier ni ignorer que cela renferme une part de souffrance, comme tout un chacun, quand une histoire d'amour se termine. Sûrement encore dans l'agitation de cette longue période électorale, certains, encore très réactifs à la répulsion qu'elle leur inspire, l'analyse comme une péripétie de plus, un "coup". Cela pourrait expliquer la critique. Mais quid de l'empathie ? Parce que, qu'est-ce qui, à part l'amour/la haine, nous fait avancer, nous rend audacieux, nous anéanti ? Où puissons-nous d'autres forces que dans l'amour de l'autre ? Tout ce que l'on fait n'est-il pas fait dans le but exclusif du regard de l'autre, celui qui partage notre vie et que l'on aime ? Les histoires d'amour qui se terminent, me rendent toujours triste." Ecrit par : Louise lundi, 18 juin 2007 11:16

Faço das palavras de Louise as minhas...
Meu deus eu sou uma triste, porque nunca pensei ver a dizer isto mas... até vou ter saudades da Ségolène e do encolhidito como casal...
vamos lá às fotos para a recordação


Mosqueteira Marina - em defesa dos oprimidos (Ona)

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