quarta-feira, 9 de maio de 2007

Ai Ota, Ota...



Esta história da Ota dá mais chatices que proveitos. Há quem ache que sim, há quem ache que não e no entretanto da coisa andamos aqui nesta dança em que um avança e o outro recua para rapidamente se inverterem as posições... Um autentico tango (sem metade da graciosidade). Já foram feitos estudos, demonstrado o bom e o mau de se continuar com o projecto... mas chegar a uma decisão que é bonito, nem pensar.

Citando a Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente no Concelho de Alenquer (Alambi ) a Ota é : "Uma obra ainda sem justificação, sem projecto de acessibilidades, sem estudo da operacionalidade aérea e sem Estudo de Impacte Ambiental, mas que alguns responsáveis políticos teimam em considerar "irreversível" !"

Já a Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA) riticou o projecto com base no argumento de que este foi elaborado "por comparação única e insuficiente com a alternativa de Rio Frio, quando nos anos 90 foram apresentadas 12 alternativas possíveis", incluindo a ampliação do aeroporto da Portela.

Já o Bastonário da Ordem dos Engenheiros disse que se tratou de uma decisão politica que não deve utilizar a engenharia para a justificar, sem a apresentação de estudos concretos que demonstrem a viabilidade do projecto.

Já o mês passado Paulino Pereira, professor do Instituto Superior Técnico, apelidara a Ota de "solução coxa" sem metade das vantagens de Rio Frio.

Mario Lino nega que avançar com a Ota seja mais que pura teimosia; Marques Mendes nega utilizar o assunto para demonstrar lideramça politica. Eu, olhem, vou seguindo isto como quem segue uma novela: sempre à espera das emoçoes dos próximos capítulos. Mas agora parece que se chegou a um impasse. O jogo de ping-pong travado pela oposição e pelo apoio à Ota ficou um pouco bloqueado, cada um a teimar para o seu lado.

Realmente é uma decisão dificil:


De um lado temos um aeroporto numa localização já dada por escolhida pelo governo, que daqui a vinte anos nos levará novamente a esta situação por atingir a sua "capacidade de carga" e que não pode ser ampliado.
Do outro temos uma mudança de cenário, para uma de entre 12 localizações apresentadas, com melhores acessos, melhores condições aero-nauticas e que ainda por cima sai mais barato e pode vir a ser ampliado no futuro.

Eu não sei quanto a vocês mas eu sinceramente fico com dúvidas... dar ou não dar o braço a torcer, eis a questão.


(couch)

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