Esta é uma daquelas notícias que me deixa a pensar que este país realmente vai de mal a pior. Segundo o Correio da Manhã, uma senhora, Elisabete Costa de 62 anos, dirigiu-se a um balcão da Segurança Social em Lisboa porque queria voltar a efectuar descontos. No entanto foi informada de que havia falecido a 1 de Maio de 2000. Obviamente, se estava morta há sete anos, escusava insistir porque nem mesmo em Portugal os mortos podem descontar para a Segurança Social. Como se não bastasse, no Centro Nacional de Pensões informaram-na de que se encontrava reformada por invalidez desde Dezembro de 1999. A senhora, que garante não estar morta, afirma não ter recebido a reforma de 124,7 euros que supostamente lhe teria sido atribuída. "A Segurança Social diz haver um erro extraordinário".
O pequeno artigo acaba com esta frase. Um erro extraordinário, sem dúvida. Não é a primeira vez que se ouvem casos de pessoas que são dadas como mortas sem terem sequer sofrido um arranhão. Uma coisa é morrer, é uma fatalidade, acontece a todos... outra é darem-nos como mortos antes do tempo. Para além de mórbido é de dar cabo da auto-estima de uma pessoa. Quase como dizer "o seu país dá-lhe tanta importância que o dá como morto antes do tempo!" Lá vão mais umas centenas de euros para o psicanalista.
(couch)
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